sábado, 10 de janeiro de 2015

OS ESCÂNDALOS NA PETROBRAS E OS ATOS DO TERRORISMO EM PARIS






OS *"ENGENHEIROS SOCIAIS" DO ESCÂNDALO NA PETROBRAS


 
Como eventos aparentemente desconexos possuem pontos em comum?

Basicamente porque os dois eventos estão desencadeando uma dualidade de opiniões e múltiplos efeitos nas sociedades onde estão encravados.

Ao permitir que os métodos de corrupção e as variedades de fraudes – praticas comuns em governos passados – continuassem a ocorrer e ampliasse sua abrangência e evoluíssem a valores imprevisíveis, o PT permitiu e contribuiu com um ato de terrorismo sobre um símbolo venerável dos trabalhadores brasileiros. 

A Petrobras é talvez o maior símbolo nacional do trabalho que deu certo e de um modelo estatal que conseguiu juntar paixão e energia para realização de um sonho organizacional criando um monumento ao esforço socializado sem presença do patrão único e desumanizado avido pelo lucro acima de tudo. 

Do outro lado os radicais do Islã foram protagonistas de um ato sobre uma instituição símbolo da liberdade de expressão, um jornal humorístico de esquerda que questiona exatamente os podres poderes ocidentais e suas instituições manipuladoras incluindo aí o mundo financeiro norte-americano e todas as religiões e seitas sejam orientais ou acidentais.

Os Escândalos na Petrobras (mas não apenas eles) desencadearam uma onda de demonização do PT como se este fosse por si só o único e determinante protagonista de um modelo de trocas monetárias através dos bem conhecidos métodos de corrupção que sempre envolveu as reiteradas práticas de fornecedores de bens e serviços junto aos governos, políticos, instituições publicas e estatais. 

Esta demonização favoreceu e favorece a aceleração do crescimento da mais radical direita brasileira avida por estimular inclusive a ideia da volta dos militares, assim como na Europa a extrema direita avançou nos seus discursos e no acirramento do conflito entre nós (o ocidente) contra eles (os estrangeiros). 

O acirramento do discurso no Brasil é também perceptível pela generalização: eles, os petistas (e qualquer simpatizante ou pessoa de esquerda) não prestam, são radicais e devem ser eliminados da politica brasileira (ou talvez, da vida, como querem alguns), já na Europa o discurso é que eles, os mulçumanos (e generalizando mais ainda: qualquer estrangeiro não adaptado ao modelo ocidental) não prestam, são radicais e devem ser varridos da Europa (expulsos e mortos de preferência).

O mais irônico é que adotando e replicando os discursos de parte a parte, acirra-se o ódio e a incapacidade de surgir um pensamento mais elaborado, ponderado e sensato. Ambos os lados se acham os detentores da verdade absoluta, amplia-se o sectarismo e a radicalização do pensamento que nos tempos da internet podem-se obter centenas de argumentos bem elaborados e perfeitamente escritos para justificar qualquer sandice.

As sugestões da extrema direita europeia para combate ao terrorismo só irá proporcionar o acirramento dos conflitos oriente-ocidente na medida em que generaliza e estabelece a exclusão da diversidade e do multiculturalismo. A tentativa da mídia e da elite brasileira de carimbar no PT e no governo por extensão toda culpa pela corrupção endêmica brasileira, numa tentativa de excluí-lo e torna-lo sinônimo de corrupção tem o efeito de esconder a mesma corrupção que habita todos os partidos em todos os escalões desde a minúscula cidade do interior do país até a mais estruturada cidade paulista. 

Esconde por exemplo que os *“Engenheiros Sociais” responsáveis por montar os modelos de corrupção sistemáticos e bem elaborados eram honoráveis membros das elites brasileiras e todos eles jamais foram petistas ou usuários do “bolsa família”.

Não existem ganhos para humanidades nestas contendas, lucram os *“Engenheiros Sociais” aquelas pessoas que sempre descobrem mais uma oportunidade para obter ganhos usando a fé ou a ideologia alheia. Destaques que no Brasil, os “Engenheiros Sociais” das empreiteiras, atuantes na operação lava jato pela primeira vez em décadas foram condenados e estão colaborando pelo aparecimento de uma singularidade jurídica que é a delação premiada. 

Na Europa a elite sempre descobre a oportunidade de explorar estes conflitos em proveito próprio através das especulações financeiras e de outras manobras econômicas.

O mais irônico é que em vários aspectos a extrema direita seja da Europa, dos EUA e do Brasil se assemelham em seus dogmas e desejos com as facções terroristas do Islã – estimulam o discurso do ódio a partidos e organizações que se oponham aos seus dogmas, são conservadores, são opressores, se opõe a liberdade das mulheres dos gays e de outras minorias, gostam da censura, adoram o uso da força e das armas e como nostálgicos desejam ardentemente o retorno aos valores antigos, além de querem sempre amordaçar ou destruir qualquer veículo de expressão que se oponham aos seus princípios. 

A diferença é que os brasileiros talvez sejam mais covardes e sem muita convicção que os radicais do islã e apenas verbalizam estes pensamentos ou tentam pelo poder econômico impor esta agenda na mídia empresarial e na sociedade (é claro que há também algumas semelhanças entre os radicais de direita e os radicais de esquerda – para reconhecê-los, é suficiente, discordar minimamente de alguma opinião ou dogma sagrado do indivíduo nas redes sociais).

O combate a estes eventos se faz investindo na melhoria e transformação de pequenos detalhes: Pelo lado das sociedades muçulmanas a contribuição começa na redução do radicalismo em que submete a mulher e as castas divergentes ao estabelecer um sistema de hierarquização baseados na desigualdade, ironicamente bem semelhantes aos desejos da extrema direita europeia e brasileira. 

Os pequenos detalhes das manifestações religiosas que ocorrem rotineiramente até nos seus mais baixos níveis normalmente resistentes às discursões ou oposições internas que contribuem para exercício do máximo poder por submissão dos fieis aos preceitos indiscutíveis muitas vezes ilógicos que em seus acúmulos e abrangências são alimentos ao radicalismo que chega ao auge no inconformismo violento com as diferenças e divergências.

Em relação aos Escândalos na Petrobras se faz necessário o investimento na transparência – levantando a bandeira do Wiki Leaks da privacidade para os indivíduos e a máxima transparência para as organizações e instituições de uma maneira geral. A valorização da ciência e da racionalidade expressada em números, fatos e dados são elementos que contribuem para que não vigore a anti-meritocracia, o apadrinhamento político, parental ou de afinidades pessoais. 

A máxima abertura da empresa para auditorias externas, cooperações com a sociedade empresariais organizadas e a transparência como valor são pequenas medidas que contribuíram para redução da péssima imagem que foi transmitida. 

A exclusiva influência partidária com seus desdobramentos no partilhamento do poder com várias agremiações e com, inclusive, facções das mesmas instituições subverte a lógica da racionalidade e conduz para valores que se opõe evolução orgânica mediante mecanismos da melhoria continua e avanço tecnológico dando lugar aos métodos de influências sentimentais baseados nas redes de amizades e cooperações de natureza pessoal. 

Não podemos esquecer que as denuncias dos mal feitos (inclusive as anônimas apuradas com sigilo) com provas e evidencias sendo corretamente apuradas contribuem para assepsia da doença chamada corrupção, os corruptos crescem e se devolvem nos ambientes propícios onde predomina a impunidade e a invisibilidade acobertada pela militância simpática e aderente.

Assim como o terrorismo não é a causa, mas, o efeito de políticas ocidentais assimétricas e que fortalecem a desigualdade mundial. A corrupção no Brasil não é causa mais efeito de um modelo político anacrônico e de uma gestão incompetente baseada em princípios e valores que nunca contribuíram minimamente para a evolução desses mesmos modelos e que poderiam atuar para preveni-la.

É importante também manter estes assuntos em pauta permanente para que nunca nos esqueçamos destas feridas expostas para que elas não infeccionem ou voltem a se abrir mais deletérias ou se multiplique pelos mesmos fatores e causas. Os que querem o esquecimento ou aceitação das consequências desses atos, ou os consideram perigosamente normais ou são coniventes com ambas as barbáries – ou, principalmente, se aproveitam de alguma forma do que aconteceu ou vem acontecendo.

Infelizmente não sabemos neste momento se a analise e as ações desencadeadas sobre estes eventos irão contribuir para a evolução da sociedade francesa ou brasileira. Mantida as devidas proporções ambos os eventos foram choques terríveis. 

Os franceses sabiam que o risco de ações terroristas era iminente assim como os brasileiros sabem que a corrupção sempre existiu e continuará a existir – mas ambos jamais imaginavam que os eventos fossem atingir tal proporção e violentassem com tamanha dramaticidade seus maiores símbolos.

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*Engenheiros Sociais - Engenharia Social
Engenharia Social são técnicas utilizadas para obter informações e recursos importantes e sensíveis de uma corporação ou de um indivíduo por meio da enganação, realizada de forma pessoal (face-to-face) ou por meio de recursos de tecnológicos. O elemento mais vulnerável de qualquer sistema de segurança é o próprio indivíduo, ao qual possui traços comportamentais e psicológicos que o torna suscetível aos ataques de engenharia social.
As técnicas utilizadas pelos Engenheiros Sociais são diversificadas, entre elas estão: a exploração de confiança das pessoas utilizando da vaidade pessoal, da autoconfiança, da formação profissional, da busca de amizades e persuasão  (
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